sexta-feira, 8 de julho de 2011

Um gesto de liberdade a mulher 'do' homem nu

Hoje a mulher do homem nu, é, assim que é conhecida, a mulher DO homem nu, aquela que fica sentadinha ao lado daquele cara em pé, onipotente, um falo eu diria, ganhou fita no cabelo e batom, significativamente demos a ela vida própria.

A praça 19 de dezembro foi inaugurada na estréia do programa de obras públicas comemorativas do centenário da emancipação política do estado do Paraná, ocorrida em 19 de dezembro de 1853.A autoria das obras é dos escultores radicados no Brasil: Erbo Stenzel e Umberto Cozzo. Pretendiam os escultores retratar o homem paranaense olhando em direção ao futuro. Peço então uma licença poética ao Erbo Stenzel e Umberto Cozzo, nós temporalizamos a mulher de sua obra, como não podemos levantá-la, deixá-la ao lado do homem, nem virar seus olhos para o horizonte, demos a ela, como um símbolo de liberdade, munições de auto estima!






intervenção: kassandra speltri
foto e texto: anaterra viana

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Convocação!Venham nos ajudar...precisamos de ajuda!

Vadios e Vadias!
Olha a convocação!
Estamos na reta final!
Coração batendo forte...!
Nesses encontros com as ongs descobrimos que a LIBERDADE DIREITOS HUMANOS DA MULHER PROSTITUIDA esta realmente precisando de roupas, material de higiene pessoal, colchão...o que vier do coração.
Nós da organização estamos precisando de tecidos de algodão de três metros, retalhos, canetas esferógraficas, cartolinas, tintas de tecido, papel crepon vermelho.Todo esse material será utilizado na construção das faixas e cartazes!
Kit baratinho de bolinhas de sabão(que será usado em uma das performances durante a marcha)
Então...quem estiver livre, venha!Quem puder doar, doe!
Mãos a obra!!!
Segunda 11/7/ terça 12/07 e quarta13/7 das 09 às 12h no Espaço Cultural Mundaréu
Rua Domingos Nascimento, 149 (bom retiro, pertinho do cemitério municipal)
Estaremos nos revezando nessas manhãs!
Deixem suas doações, venham nos ajudar...agora é hora de unir forças!
Qualquer dúvida,
Ludmila Nascarella 41 92154100(vivo)
Stéphany Mattanó 41 99427421(tim)

terça-feira, 5 de julho de 2011

Carta à imprensa - por Anaterra Viana

Marcha das vadias acontece dia 16 de julho em Curitiba
Organizada por artistas da capital, a concentração começa às onze horas no Passeio Público
Considerando o movimento que vem tomando as ruas do mundo inteiro, o ‘slut walk’ - que traduzido para o português se tornou Marcha das Vadias - um grupo de artistas, comunicadoras e estudiosas de Curitiba resolveu se unir, a fim de desmistificar o gênero ‘vadia’, e reivindicar sobre a questão do estupro, violência e desrespeito ao sagrado feminino, e, começaram a organizar a Marcha das Vadias da capital paranaense. A proporção dessa união aumenta a cada dia, e, o número de pessoas que tem se juntado a elas é cada vez maior, são ONGs, Associações, casas e espaços, todos direcionados ao bem estar, à luta contra violência e à proteção à mulher. No próximo dia 16 de julho toda essa união poderá ser vista nas ruas de Curitiba, a concentração será às 11 horas da manhã, no Passeio Público, o convite é estendido a todos que exigem mais respeito ao sagrado feminino, homens, mulheres, homossexuais, as vadias acolherão a todos, e convidam para que tragam sua bandeira em defesa da mulher. O roteiro foi todo pensado e planejado para tornar esse encontro ainda mais belo e doce, a saída do Passeio Público passa pela Praça Dezenove de Dezembro, subindo até a imagem da Nossa Senhora da Luz, na Rua Barão do Serro Azul, marchando rumo à Maria Lata d’água da Praça Generoso Marques, e finalizando com um grande piquenique na Boca Maldita. Em cada um desses pontos, todos com grande significado feminino, serão apresentadas performances artísticas, e, dada a palavra a todos os representantes da luta pelo respeito aos direitos da mulher, tudo isso sem perder a essência feminina, o intuito aqui é acolher, acarinhar, a marcha das vadias é um manifesto por amor, por respeito, “não é uma questão de sexo, é uma questão de violência”.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Novos dados!

http://http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/938824-43-das-mulheres-ja-foram-vitimas-de-violencia-domestica.shtml

domingo, 3 de julho de 2011

Convergência de bandeiras diferentes é marca do movimento - Artigo da Gazeta do povo

Publicado em 02/07/2011 | CHICO MARÉS




Durante o mês de junho, as marchas pela liberdade de expressão, pela maconha e a das “vadias” mobilizaram militantes em diversas capitais do Brasil. Inspiradas em movimentos internacionais, essas marchas utilizaram as mídias sociais, como o Twitter e o Facebook, para juntar pessoas das mais diversas origens e com os mais diversos pontos de vista políticos para defender a liberdade de expressão, o direito de solicitar a legalização das drogas e os direitos das mulheres.


Para o estudante Alexandre Boing, participante da Marcha da Liberdade, o jovem de hoje não é necessariamente mais politizado, mas o formato da militância tende a atrair mais pessoas. “As bandeiras são muito mais amplas. Elas permitem que pessoas ligadas a diferentes causas possam estar reunidas no mesmo espaço, pois percebem que as questões estão interligadas”, comenta.




Segundo a historiadora Máira Nunes, uma das organizadoras da Marcha das Vadias, a principal característica desses movimentos é justamente a convergência das bandeiras ao redor de uma causa comum. Inicialmente uma manifestação sobre a liberdade de a mulher escolher o que vestir, a marcha acabou se tornando um espaço de discussão de políticas públicas para a mulher.


Apesar disso, ela acredita que a falta de um foco mais específico é uma questão temporária. A partir da marcha, surgiu um espaço de discussão para onde esse movimento deve ir. “A partir desse encontro de diferentes bandeiras, essas pessoas mantêm o contato. As marchas nos outros lugares do mundo já estão mantendo a mobilização e se transformando em um movimento contínuo”, afirma. De acordo com Máira, a questão da transparência de dados em relação à violência contra a mulher é um dos temas que devem nortear o movimento no futuro.


Para Boing, ambos os movimentos são respostas a uma falta de diálogo do estado com a sociedade, e apontam para uma democracia participativa. “Queremos uma sociedade que não apenas delegue poder [a políticos], mas que também participe da gestão de seus interesses”, comenta. Uma dessas formas de participação seria justamente a pressão sobre os governantes por meio da mobilização.


Política e internet


Para Máira, a sociedade ainda vive um momento de adaptação à realidade da internet. “Ela abriu espaço para uma demanda reprimida. Agora que as pessoas acharam um canal, é muito difícil que isso pare.” No entanto, ao mesmo tempo em que essa realidade favorece a mobilização de grupos que lutam pelos direitos das minorias, ela também amplifica a voz de quem apóia posições contrárias, como a do deputado federal Jair Bolsonaro, que é contra o casamento gay, por exemplo. “Esse primeiro momento é de libertar o que estava preso na garganta. É importante superá-lo e chegar a um debate racional”, afirma a historiadora.