quarta-feira, 22 de junho de 2011

Somos todas Madalenas





Vadias e Vadios!


Este é um movimento de libertação!
Libertação do medo de sermos quem somos.
De nos mostrarmos sem máscaras sociais.
De exigirmos respeito.


Na coletividade somos mais fortes e podemos mais.


Por isso, vamos organizar um texto coletivo, chamado "Somos todas Madalenas".


Estamos recolhendo relatos de mulheres que passaram por algum tipo de violência (física ou sexual) , abuso, exploração, submissão, humilhação...


Estupro (consumado ou não), abuso sexual com membro da família, espancamento, perseguição, passadas de mão, cantadas ofensivas, diminuição no local de trabalho, prostituição forçada...


Pense em cada vez que você se sentiu um objeto!




Poste o seu relato, anonimamente se quiser, nos cometários abaixo.


É hora de dizer BASTA!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

divulgação

Suspiro.
Me emociono.Respiro.
Convido.
Parque são lourenço ás 10 prum pic nic!Dia 24/06
Estamos preparando a nossa divulgação.
E nada mais feminino que convidar com um sorriso no rosto.
Sorrindo.
Vadios e Vadias tragam tecidos.Variados.Coloridos.Fitas.Tesoura.Lã.
Lá a gente conta o que vai acontecer...
Venham com o coração aberto.
Vamos nos conhecer.
Contar histórias,
Tragam as cças.
Amigos.
Familia.
Estamos alinhavando a marcha.
Unindo discussões.
Levantando bandeiras!
(Quem puder imprimir alguns cartazes, coloridos e PB. A4 ou A3.Estamos recolhendo material impresso pra depois fazer a divisão)
Semana que vem saímos na surdina!
Começo da madruga pra colocar lambe lambe!
Esse ladio vadio do batom vermelho.
Quente.
Àcido e sombrio.
Estaremos lá...com a boca e as pernas abertas.De cara limpa!
Ludmila Nascarella

Vadias na Marcha da Liberdade

A participação das vadias na Marcha da Liberdade foi linda, ali tivemos uma idéia de como será a nossa Marcha das Vadias. Representamos muito bem nomelhor estilo vadia, deixamos bochechas vermelhas e conseguimos mais força! Vamos lá mulherada, a luta apenas começou!!
















domingo, 19 de junho de 2011

Carta Manifesto da Marcha das Vadias de Brasília – Por que marchamos? por Ana Carolina Lima, terça, 14 de junho de 2011

Em Brasília, marchamos porque apenas nos primeiros cinco meses desse ano, foram 283 casos registrados de mulheres estupradas, uma média de duas mulheres estupradas por dia, e sabemos que ainda há várias mulheres e meninas abusadas cujos casos desconhecemos; marchamos porque muitas de nós dependemos do precário sistema de transporte público do Distrito Federal, que nos obriga a andar longas distâncias sem qualquer segurança ou iluminação para proteger as várias mulheres que são violentadas ao longo desses caminhos.
No Brasil, marchamos porque aproximadamente 15 mil mulheres são estupradas por ano, e mesmo assim nossa sociedade acha graça quando um humorista faz piada sobre estupro, chegando ao cúmulo de dizer que homens que estupram mulheres feias não merecem cadeia, mas um abraço; marchamos porque nos colocam rebolativas e caladas como mero pano de fundo em programas de TV nas tardes de domingo e utilizam nossa imagem semi-nua para vender cerveja, vendendo a nós mesmas como mero objeto de prazer e consumo dos homens; marchamos porque vivemos em uma cultura patriarcal que aciona diversos dispositivos para reprimir a sexualidade da mulher, nos dividindo em “santas” e “putas”, e muitas mulheres que denunciam estupro são acusadas de terem procurado a violência pela forma como se comportam ou pela forma como estavam vestidas; marchamos porque a mesma sociedade que explora a publicização de nossos corpos voltada ao prazer masculino se escandaliza quando mostramos o seio em público para amamentar nossas filhas e filhos; marchamos porque durante séculos as mulheres negras escravizadas foram estupradas pelos senhores, porque hoje empregadas domésticas são estupradas pelos patrões e porque todas as mulheres, de todas as idades e classes sociais, sofreram ou sofrerão algum tipo de violência ao longo da vida, seja simbólica, psicológica, física ou sexual.


No mundo, marchamos porque desde muito novas somos ensinadas a sentir culpa e vergonha pela expressão de nossa sexualidade e a temer que homens invadam nossos corpos sem o nosso consentimento; marchamos porque muitas de nós somos responsabilizadas pela possibilidade de sermos estupradas, quando são os homens que deveriam ser ensinados a não estuprar; marchamos porque mulheres lésbicas de vários países sofrem o chamado “estupro corretivo” por parte de homens que se acham no direito de puni-las para corrigir o que consideram um desvio sexual; marchamos porque ontem um pai abusou sexualmente de uma filha, porque hoje um marido violentou a esposa e, nesse momento, várias mulheres e meninas estão tendo seus corpos invadidos por homens aos quais elas não deram permissão para fazê-lo, e todas choramos porque sentimos que não podemos fazer nada por nossas irmãs agredidas e mortas diariamente. Mas podemos.


Já fomos chamadas de vadias porque usamos roupas curtas, já fomos chamadas de vadias porque transamos antes do casamento, já fomos chamadas de vadias por simplesmente dizer “não” a um homem, já fomos chamadas de vadias porque levantamos o tom de voz em uma discussão, já fomos chamadas de vadias porque andamos sozinhas à noite e fomos estupradas, já fomos chamadas de vadias porque ficamos bêbadas e sofremos estupro enquanto estávamos inconscientes, já fomos chamadas de vadias quando torturadas e estupradas por vários homens ao mesmo tempo durante a Ditadura Militar. Já fomos e somos diariamente chamadas de vadias apenas porque somos MULHERES.


Mas, hoje, marchamos para dizer que não aceitaremos palavras e ações utilizadas para nos agredir enquanto mulheres. Se, na nossa sociedade machista, algumas são consideradas vadias, TODAS NÓS SOMOS VADIAS. E somos todas santas, e somos todas fortes, e somos todas livres! Somos livres de rótulos, de estereótipos e de qualquer tentativa de opressão masculina à nossa vida, à nossa sexualidade e aos nossos corpos. Estar no comando de nossa vida sexual não significa que estamos nos abrindo para uma expectativa de violência, e por isso somos solidárias a todas as mulheres estupradas em qualquer circunstância, porque foram agredidas e humilhadas, tiveram sua dignidade destroçada e muitas vezes foram culpadas por isso. O direito a uma vida livre de violência é um dos direitos mais básicos de toda mulher, e é pela garantia desse direito fundamental que marchamos hoje e marcharemos até que todas sejamos livres.


Somos todas as mulheres do mundo! Mães, filhas, avós, putas, santas, vadias...todas merecemos respeito!

Saindo da zona de conforto


Olá à tod@s!
Foi realmente necessário eu escolher sair da minha zona de conforto pra falar com vocês.
Faz um lindo domingo de sol e realmente eu prefiro desfrutar horas relaxando embaixo dele. Ele é o Deus todo poderoso, fonte de calor e de vida. Adoro saudá-lo e adorá-lo.
Mas meu coração me traz a esta tela de computador pro meu exercício diário de uma nova democracia.
Sim, a internet está sendo uma ótima ferramenta para nos mobilizarmos e sairmos do nosso conforto.
Digo isso, porque desejo do fundo do meu coração que a Marcha das Vadias seja mais um estopim assim como a Marcha da Liberdade está sendo para que as pessoas saiam na rua com a sua bandeira, ou seja, não tenham mais medo de dizer o que pensam.
Sim, será uma constante negociação com o sistema que já está estabelecido.
Mas como meu discurso que fiz ontem no colo da linda escultura da Praça 19 de Dezembro já está no ar, preciso dissertar melhor sobre os tópicos por mim levantados.
Me referi a Excelentíssima Presidenta Dilma Roussef e seu discurso de progresso e evolução na compra de uma geladeira.
Apesar de eu possuir uma, fruto de uma compra parcelada nas Casas Bahia, sempre me deparo com a ela vazia (pois não compro carne nem iogurte). Então, logo penso de uma forma poética. A presidenta quer que eu compre uma geladeira pra estocar os cadáveres dos bois que só foram vítimas da destruição nossa floresta? Quer que eu prepare uma deliciosa comida (porque cozinho muito bem, obrigada) e simplesmente transformar a energia cármica de toda a destruição que este sistema falido carrega?
Ter um pouco de consciência e compaixão dói. É necessário dividir a dor. A força sagrada feminina, Mãe Terra, Virgem Maria, Gaia, Onilê, entende e perdoa.
Mas até quando??? Até quando iremos sangrar mensalmente a desgraça do mundo e não usarmos nossa força masculina para subir no salto e protestar?
Ainda não consegui transcender a desgraça de depender do sistema que tanto questiono, assim como todo mundo, que de uma forma cármica também é boiada, incluindo todos que tem poder político.
O que vislumbro é uma oportunidade da boiada se sentir um dia forte enquanto um organismo único e pulsante e forçar a cerca até estourá-la. Existe vida fora da cerca. Não que não exista vida dentro, só que limitada.
E a energia feminina do amor e do perdão está sendo limitada, calada. Precisaremos guerrear pela paz?
Então faremos isso de uma maneira bela, festiva, cheia de alegria e de amor.
Uma celebração pela vida.
Sim, são bem vindos todos os gêneros que nossa espécie criou, nós construímos juntos o sagrado. Nós também somos femininos.
Estava pensando que faltou água e comida pra quem participou da Marcha da Liberdade. Estávamos todos acordados desde muito cedo, e no final da marcha, uma criança me perguntou onde havia água e banheiro. Então, nos demos as mãos e fomos juntas no prédio da Assembléia Legislativa do Paraná tomar água e ir ao banheiro. Mas e a fome? Um vendedor de sorvete salvou momentaneamente nossos desejos estomacais.
Então, pra quem for somar forças no dia 16 de julho, na Marcha das Vadias, peço que leve a comida e a bebida que puder compartilhar. Sim, pode até ser água da torneira. E vamos pedir ao comércio que nos abram seus banheiros na nossa caminhada!
E vamos terminar com um lindo piquenique na Boca Maldita. Pra celebrar não só nossas idéias, mas o alimento que aquieta nosso estômago para nos deixar pensar.
Com amor
Stéphany Mattanó

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Minibloco das vadias na Marcha da Liberdade!




Vadios e vadias!
Vamos divulgar nossa marcha na MARCHA DA LIBERDADE aqui em Curitiba?
11h na pça rui barbosa!
Nós vadias organizadoras vamos estar lá...com batom vermelho e material de divulgação!
Vamos preparar cartazes e marchar pela liberdade de expressão!
Viva as relações...!Que sejam todas abençoadas!


quinta-feira, 16 de junho de 2011

Marcha das Vadias CWB



Está lançada a Marcha das Vadias de Curitiba. Se você ainda não sabe o que é, informe-se nos links do blog, que contam um pouquinho da história do movimento.


Para a nossa cidade estamos propondo a Marcha de Todas as Bandeiras. Estamos aqui para congregar, celebrar a vida e o amor próprio. Fortalecer a dignidade feminina. Nossa palavra de ordem:

RESPEITO

Serão recebidas calorosamente todas as mulheres, feministas ou não, mulheres que estão em abrigos, que sofrem ou já sofreram violência, profissionais do sexo, gays, lésbicas, bissexuais, transgêneros, mascaradas, vadios e vadias.

Hoje a gente escolheu esse rótulo. E vamos mostrar a nossa cara por todas as mulheres violentadas, oprimidas, abusadas e exploradas que não podem mostrar as suas.